Em março foi publicado nos EUA o livro Geração Ansiosa do pesquisador e psicólogo Jonathan Haidt, o livro esmiúça com uma batelada de dados e gráficos o que já suspeitávamos; a influência desastrosa do uso combinado de smartphones e redes sociais. Como o livro “acabou de sair do forno” ele discute os problemas da forma mais atual o possível. Já advirto que a obra como o próprio autor afirma trata muito mais da realidade da “anglosfera”, ou seja, países de primeiro mundo de língua inglesa que giram sob a orbita de influência americana. Vez por outra ele cita algum país europeu e raramente países de 3º mundo. Mas a conclusão que o autor chega é valido para todo o mundo em maior ou maior intensidade; foi que a partir de 2010 com a popularização dos smartphones (lembrando que o Iphone I foi lançado em 2007) e as redes sociais migrando que para as palmas das mãos, afetaram a infância e a adolescência em escala global e de um jeito devastador. Recomendamos por demais a leitura.
Mas e se tratando da nossa realidade, onde as crianças só muito tempo depois tiveram acesso a um smartphone e a qualidade da internet até hoje é muito sofrível em muitos lugares. Como esse processo de popularização de celulares inteligentes que embora tardiamente, hoje pode-se considerar completo, e até a maioria das crianças dos estratos mais vulneráveis da sociedade acabam de um jeito ou de outro tendo acesso a um smartphone: Em matéria publicada em 31 de maio de 2024 no Jornal Folha de São Paulo, o grupo de jornalistas formados por Daniel Mariani , Paula Soprana , Nicholas Pretto e Marcella Franco compararam os dados brasileiros com a metodologia criado pelo autor americano, as conclusões podem ser lida com detalhes na matéria, disponível em:
Registros de ansiedade entre crianças e jovens superam os de adultos pela 1ª vez no Brasil