É inegável os benefícios que tecnologia trouxe aos nossos dias, também não podemos negar o quanto o mundo da informática invadiu cada espaço de nossa convivência, principalmente o familiar.
Se antes os pais se preocupavam com as informações que a TV trazia a sua casa, agora o problema se tornou um pouco mais complexo. No caso da TV tínhamos a segurança de que podíamos controlar os horários, canais e programas, conteúdos impróprios, programas não adequados podiam ser ocultados dos pequenos. Contudo com o advento dos computadores, tabletes, celulares e sobretudo a internet essas barreiras temporais foram abolidas, qualquer conteúdo pode ser acessado a qualquer hora e, pior no caso da TV éramos expectadores passivos, agora podemos interagir e nossa identidade não mais se esconde no anonimato. Corremos inúmeros riscos ao navegar na web, sejam fraudes, golpes financeiros e no caso das crianças como verificamos nos noticiários toda sorte de aliciamentos e riscos a integridade física e psicológica.
Descrevemos aqui alguns dos principais riscos que as crianças podem ser expostas e a melhor maneira de evitá-los.
A web está recheada de golpes, e as crianças estão pela sua pouca maturidade sujeitos a serem vítimas desses. Promoções fraudulentas, compras por impulsos, assinatura de serviços entre outras. Para se proteger evite deixar seu número de cartão gravado no computador e não deixe as crianças terem acesso a suas senhas de lojas ou serviços.
Aqui começam os problemas realmente sérios e as dificuldades se tornam maiores, a internet está repleta de conteúdos ofensivos ou que coloquem em risco a saúde psicológica de nossas crianças, conteúdos pornográficos, violência estrema, vídeos com a mais variada sorte de maldades, incitação ao ódio, racismo, todos disponíveis um simples digitar de botões.
O importante é ter sempre ciência do que a criança faz, jamais deixe seus filhos usarem a internet sem supervisão, navegue com eles, pesquise os conteúdos que eles acessam, seus youtubers preferidos e o conteúdo de seus canais. No caso de computadores, esses jamais devem estar disponíveis a criança sem a supervisão dos pais, não é uma boa ideia colocar computadores no quarto das crianças, melhor colocar em locais onde os adultos possam verificar os conteúdos, como sala, quarto dos pais ou escritório.
O importante é sempre ter ciência dos conteúdos e horários que seus filhos acessam os recursos da internet.
Esses dois casos são os mais sérios, afetam a segurança psicológica e física de nossas crianças, atualmente a maior via de acesso dessas ameaças são o smartphone, sempre conectado e acessíveis a todo o momento, suas câmeras o GPS, podem ser usados por predadores que na maioria das vezes agem via rede sociais, quase sempre simulando serem pessoas da mesma idade, amiguinhos dispostos a brincadeiras. Para evitar seria bom repensar se sua criança tem maturidade o suficiente para receber um smartphone ou ter um perfil em uma rede social, se achar ele tem embora pareça intromissão na privacidade é importante que os pais tenham acesso completo as contas e perfis, no caso dos smartphones basta vincular à conta da criança a do responsável para que ele possa monitorar todos os passos da criança, acessos de aplicativos, localização via GPS e mesmo ligações.
Jogos são divertidos e até melhoram aptidões motoras, habilidades de pensamento estratégico e raciocínio lógico, contudo assim como filmes e programas nem todos os games são feitos para crianças, grande parte apresenta violência extrema, apologia a consumo de drogas e conteúdo sexual explicito entre outros. Cada jogo possui a classificação indicativa, cabe aos pais verificar essas.
Outro risco que nossos pequenos podem sofrer é o desenvolver dependência psicológica de jogos eletrônicos. Não é saudável que crianças ou adolescentes fiquem por horas a fio na frente de telas de computadores, videogames ou celulares, os pais devem impor limites no máximo três horas por dia e não exceder os três dias por semana. Atividades ao ar livre e contato social são preferíveis aos jogos eletrônicos.